FORMIGAS ARBORÍCOLAS (HYMENOPTERA: FORMICIDAE)
EM SAVANAS AMAZÔNICAS (PA-BRASIL)
Maria Antônia Nascimento Pereira¹, Nayane do Nascimento Sanches2, Tatiana Vieira Senra3,
Arthur Yan Sousa Araújo1; Iracenir Andrade dos Santos4
1Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA), Instituto de Biodiversidade e Florestas (IBEF), Santarém
2Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA), Instituto de Ciências e Tecnologia das Águas (ICTA), Santarém.
3Colaborador Externo, Santarém, PA.
4Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA), Instituto de Formação Interdisciplinar e Intercultural (IFII).
E-mail: mariaantoniaa2610@gmail.com
As savanas amazônicas são ecossistemas com características peculiares e com biodiversidade adaptadas às
suas condições. Os invertebrados como as formigas arborícolas são importantes na manutenção do equilíbrio
ecológico das savanas. Este estudo teve como objetivo avaliar diversidade e distribuição de formigas
arborícolas (Hymenoptera: Formicidae) nas savanas amazônicas da Área de Proteção Ambiental em Alter do
Chão, Pará, Brasil. As coletas foram executadas em dezembro de 2023, utilizando armadilhas do tipo pitfall
arbóreo, em três comunidades: São Pedro (02° 31’37.0” S 54° 54’01.9” W), Irurama (02° 27’53.1” S 54°
52’34.6” W) e Ponta de Pedras (02° 29’47.7” S 54° 54’09.8” W). Para a pesquisa foram utilizadas 360
armadilhas, contendo urina humana, como atrativo, detergente para quebra da tensão superficial e o sal para
conservação dos espécimes, estas foram colocadas suspensas nas árvores por 48 horas. Foram coletadas
correspondentes variáveis como altura da planta, conectividade, CAP, densidade herbácea e arbórea, espécies
herbáceas e arbóreas relacionadas à estrutura da vegetação. O material foi processado e identificado
conforme suas características morfológicas para identificação das espécies. Como resultado, obteve-se
diferença significativa quanto a quantidade de formicídeos em relação aos outros grupos de insetos nas áreas
estudadas, Irurama, São Pedro e Ponta de Pedras onde respectivamente, 78,4%, 77,8% e 72%, representaram
Formicidae. Na Comunidade de São Pedro, foram coletadas 21 espécies distribuídas em cinco subfamílias
(Formicinae, Dolichoderinae, Ectatomminae, Myrmicinae e Pseudomyrmecinae). Dentro dessas subfamílias,
nove gêneros diferentes foram identificados respectivamente: Camponotus (Ronque et al., 2018) (seis
espécies), Brachymyrmex Mayr, 1868 (uma espécie), Dorymyrmex (uma espécie), Tapinoma Forster, 1850
(uma espécie), Ectatomma (Poteaux et al., 2015) (duas espécies), Crematogaster (Vale Junior et al.2017)
(duas espécies), Solenopis (Vale Junior et al., 2017) (duas espécies), Cephalotes (Teixeira et al., 2022) (três
espécies) e Pseudomyrmex (Gallego-Ropero e Feitosa, 2014) (três espécies). Na Comunidade de Irurama,
foram registradas 24 espécies divididas em seis subfamílias (Formicinae, Dolichoderinae, Ectatomminae,
Myrmicinae, Ponerinae e Pseudomyrmecinae). Dentre as subfamílias, 13 gêneros foram identificados:
Camponotus (Ronque et al., 2018) (cinco espécies), Brachymyrmex Mayr, 1868 (três espécies), Dorymyrmex
Mayr, 1866 (uma espécie), Dolichoderus Lund, 1831 (uma espécie), Azteca Forel, 1878 (uma espécie),
Forelius Lund, 1831 (uma espécie), Ectatomma (duas espécies), Crematogaster (Vale Junior et al.2017)
(uma espécie), Cephalotes (Teixeira et al., 2022) (duas espécies), Pheidole Westwood, 1839 (uma espécie),
Solenopsis (Vale Junior et al., 2017) (uma espécie), Hypoponera Santschi, 1938 (uma espécie) e
Pseudomyrmex (Gallego-Ropero e Feitosa, 2014) (quatro espécies). Na comunidade de Ponta de Pedras
foram listadas 19 espécies divididas em cinco subfamílias (Formicinae, Dolichoderinae, Ectatomminae,
Myrmicinae e Pseudomyrmecinae). Entre essas subfamílias, 10 gêneros foram detectados: Camponotus
(cinco espécies), Brachymyrmex (uma espécie), Nylanderia Emery, 1906 (uma espécie), Dorymyrmex (uma
espécie), Dolichoderus (uma espécie), Azteca (uma espécie), Ectatomma (duas espécies), Cephalotes (duas
espécies), Crematogaster (três espécies) e Pseudomyrmex (duas espécies). Estudos sobre a diversidade de
formigas nas savanas, destacam sua função como bioindicadores ambientais. As formigas arborícolas nas
áreas de savana amazônica, tem se revelado com maior diversidade e abundância indicando que as savanas
possuem habitat rico em biodiversidade contribuindo para a manutenção dos ecossistemas locais.
Palavras-chave: Diversidade, Mirmecofauna, Pitfall Trap.
Apoio: FAPESPA.