AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO DE JUVENIS DE Pyrrhulina sp.
EM CATIVEIRO
Almeida, J.P.C1; Costa, T.V2; Batista, L.Y.R2
1Universidade Federal do Amazonas (UFAM), PPG Ciência e Tecnologia para Recursos
Amazônicos – PPGCTRA, Instituto de Ciências Exatas e Tecnologia (ICET), Itacoatiara, AM.
joaopedrocidadea@gmail.com
2Universidade Federal do Amazonas (UFAM), Instituto de Ciências Sociais, Educação e
Zootecnia (ICSEZ), Parintins, AM. tvianadacosta@ufam.edu.br; larissayasmimrbatista@gmail.com
A piscicultura de corte é uma atividade que tem crescido consideravelmente e o Brasil apresenta
grande potencial, dadas às condições naturais favoráveis: amplo território, grande disponibilidade
de águas continentais e biodiversidade de seus ecossistemas. Na piscicultura ornamental, muitos
peixes também apresentam potencialidades para criação. Entre elas está a Pyrrhulina sp., espécie
da família Lebiasinidae que tem um grande potencial ornamental pela sua coloração, fácil
adaptação para criação em cativeiro e tamanho pequeno. Além disso, é uma espécie abundante
em poças e igarapés, onde ocupa quase que exclusivamente a lâmina superficial da água
utilizando o oxigênio aí presente, e possui uma dieta relativamente generalista. Uma vez que no
cultivo de peixes seja de corte ou ornamental, a alimentação dos animais é um dos maiores
gargalos, a busca por alimentos alternativos tem sido o desafio de pesquisadores, que realizam
substituição parcial ou total dos ingredientes convencionais da ração, viabilizando a utilização de
alimentos regionais e promovendo a redução dos custos. Nesse contexto, o objetivo desse
trabalho foi avaliar os efeitos da inclusão de diferentes proporções da farinha de minhoca como
suplemento à ração comercial no crescimento e na conversão alimentar dos juvenis de Pyrrhulina
sp. O experimento foi conduzido no Laboratório de Aquicultura – Laqua/ICSEZ e todos os
procedimentos estiveram de acordo com as normas éticas de bem-estar animal. Foram capturados
250 indivíduos em ambiente natural, por meio de armadilhas confeccionadas com garrafa pet,
tarrafas e puçás. Os peixes foram distribuídos aleatoriamente em cinco tratamentos com quatro
repetições, totalizando 20 aquários, com capacidade de 20 litros de água cada (volume útil de 15
L), todos dotados de aeração constante. Os tratamentos foram compostos por: T1: 100% de ração
comercial, T2: 75% de ração comercial + 25% de alimento alternativo, T3: 50% de ração comercial
+ 50% de alimento alternativo, T4: 25% de ração comercial + 75% de alimento alternativo, T5:
100% de alimento alternativo. O experimento ocorreu em um período de 45 dias e a cada 15, após
passarem por um jejum de 12 horas, os peixes foram individualmente submetidos à biometria para
a obtenção dos dados de comprimento total (cm) e biomassa (g).O comprimento total inicial e final,
foi medido com o auxílio de um paquímetro digital da marca MTX, N°: 9015.30.00 e para a
determinação do peso inicial e final utilizou-se uma balança digital com três casas decimais do
modelo AL500C, N°: 290040. Ao final do período experimental, foram estimadas a taxa de
crescimento específico (TCE) (% dia-1) = {[ln (massa final) - ln (massa inicial)]/ dias} * 100 e o
ganho em massa relativo (GMR) (g) = [(massa final - massa inicial)/massa inicial] * 100.Os
resultados obtidos foram submetidos à análise de variância (ANOVA) a um nível de significância
de 5%, com a checagem dos pressupostos de normalidade dos resíduos pelo teste Tukey. No
presente estudo foi observado que o desempenho entre os tratamentos com a inclusão de farinha
de minhoca não foi significativo em termos de crescimento, não havendo diferença estatística entre
os tratamentos (Comprimento inicial: T1 22,37 ±0,55; T2 22,46±0,43; T3 22,71±0,95; T4
22,73±0,48; T5 22,48±0,89 e Comprimento final: T1 25,14±0,99; T2 24,51±0,20; T3 24,94±1,16; T4
25,12±0,58; T5 24,55±1,06).Entretanto, em relação ao peso final, a farinha de minhoca não teve
um rendimento esperado, pois o T5 teve seu desempenho ao final do experimento abaixo do
esperado (Peso inicial: T1 0,22±0,02; T2 0,22±0,02; T3 0,23±0,04; T4 0,23±0,01; T5 0,22±0,03 e
Peso final: T10,26±0,04; T2 0,23±0,01; T3 0,24±0,04; T4 0,24±0,02; T5 0,21±0,03). Resultados
similares foram encontrados por Decarli et al. (2013) que analisaram a inclusão da farinha de
minhoca na alimentação de juvenis de jundiá criados em tanques-rede. Eles também concluíram
que não houve diferenças significativas entre os diferentes tratamentos e que a inclusão da farinha
de minhoca até o nível de 3,75% não teve efeitos negativos no desempenho produtivo e
composição centesimal de juvenis de Rhamdia voulezi. Assim, com base nos resultados obtidos
neste trabalho, demonstramos a viabilidade de substituição parcial da ração comercial de peixe por