Colonização de mini-ilhas artificiais por invertebrados marinhos na Praia da Urca, Rio de Janeiro

Keywords: biogeografia insular, invertebrados marinhos, modelo do equilíbrio, organismos incrustantes, relações espécie-área

Abstract

O processo de colonização de mini-ilhas artificiais submersas por invertebrados marinhos na Praia da Urca, Rio de Janeiro, sudeste do Brasil, foi acompanhado a partir da teoria da biogeografia insular e da análise de curvas de colonização e de relações espécies-área, buscando-se compreender os efeitos da área e da distância sobre esse processo. As mini-ilhas consistiam de 4 lajotas de barro de dois diferentes tamanhos (350 cm2 e 700 cm2) colocadas duas a duas respectivamente a 2 m e 5 m de distância da praia e demarcadas por boias. O exame das mini-ilhas foi feito semanalmente, por um período de 21 dias, na maré baixa, através de mergulhos em apneia, registrando-se o número de espécies presentes a cada observação. Construíram-se curvas de colonização plotando-se o número de espécies contra c tempo decorrido. As curvas de espécie-área foram ajustadas através de regressão linear, sendo o número de espécies registrado em cada mini-ilha comparado pelo Índice de Similaridade Bi6tica para a curva de potenciação (ISBp). Polychaeta, Anthozoa e Bryozoa foram os táxons dominantes ao longo do estudo, em relação à densidade de indivíduos, sendo Mollusca o táxon mais diversificado, com 7 espécies presentes. Foram encontrados sete filos de invertebrados marinhos, totalizando 21 espécies. As curvas de colonização mostraram uma ligeira tendência à aproximação de um equilíbrio do número de espécies ao término do estudo. As ilhas pequenas foram mais similares entre si do que as ilhas grandes, atribuindo-se tal efeito à maior área disponíve1 nestas últimas para o recrutamento de larvas de um maior número de espécies.

Published
2024-03-21
Section
Articles